Dermatotilexomania ou transtorno de escoriação

A dermatotilexomania ou o transtorno de escoriação é caracterizado pela vontade de causar ou agravar lesões da própria pele. A pessoa tenta, sem sucesso, reduzir ou parar o comportamento de beliscar, o que causa sofrimento e prejuízo no funcionamento social e profissional. Além disso, o ato de beliscar a pele não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., escabiose, delírios, psicoses).

Alguns pacientes causam escoriações na pele saudável; outros em lesões menores como calos, espinhas ou crostas. As escoriações são causadas sem plena consciência, e não são desencadeadas por obsessões ou preocupação com a aparência, mas pode ser precedida por uma sensação de tensão ou ansiedade que é aliviada ao escoriar a pele, o que muitas vezes também é acompanhado por uma sensação de gratificação.


Escoriar a pele geralmente começa na adolescência, e a maioria são mulheres. Os locais de escoriação da pele podem mudar com o tempo, e o ato de escoriação pode ser acompanhado por uma série de comportamentos estereotipados ou rituais. Os pacientes podem procurar meticulosamente um determinado tipo de crosta para arrancar; eles podem tentar assegurar que a crosta é arrancada de uma forma específica (usando os dedos ou um instrumento) e podem morder ou engolir a crosta depois de ter sido arrancada.

Os pacientes podem se sentir constrangidos ou envergonhados com a aparência dos locais de lesão da pele ou com sua incapacidade de controlar esse comportamento, e normalmente não arrancam a pele na frente de outras pessoas, exceto membros da família. Os pacientes podem ter comprometimento de outras áreas de funcionamento (p. ex., profissional e/ou acadêmico), principalmente por evitarem situações de socialização.

Alguns pacientes podem arrancar a pele de outras pessoas, ter tricotilomania (arrancar pelos) ou onicofagia (roer unhas). Também podem apresentar outros transtornos como transtorno obsessivo-compulsivo ou depressão.

O tratamento inclui tratamento medicamentoso para comorbidades como ansiedade e depressão e psicoterapia. Não hesite em procurar ajuda profissional.

Raquel Berg - Psicóloga Clínica
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