Transtorno Bipolar ou Perturbação Afetiva Bipolar

A Perturbação Afetiva Bipolar ou Transtorno Afetivo Bipolar é uma perturbação psíquica que se caracteriza pela alternância entre períodos de depressão e períodos de mania ou hipomania. Durante o período de mania, o paciente fica em um estado anormalmente enérgico, o que pode provocar comportamentos irrefletidos e de risco para a própria pessoa ou para outrem, irritabilidade e, eventualmente, delírios e alucinações. Já na depressão a pessoa pode apresentar anedonia (falta de prazer) e distimia (tristeza excessiva) não relacionados exclusivamente a situações como alterações na tireóide, esquizofrenia e depressão maior, além de luto e estresse pós-traumático (ou seja, o TB precede situações de estresse ou permanece muito tempo depois da ocorrência dos eventos traumáticos).  Dentre as comorbidades mais comuns no TB estão a ansiedade, tabagismo, dependência química (álcool e drogas) e comportamento suicida, além dos prejuízos no sono, alimentação (ocorrência de diabetes, obesidade e problema cardiovascular) e relacionamento social. Em crianças e adolescentes, o TB pode ser confundido ou estar associado a TDAH, transtorno de conduta, transtornos ansiosos e transtornos alimentares, e seu impacto aparece principalmente no ambiente escolar.



As causas do TB, assim como para outras psicopatologias, incluem fatores ambientais e genéticos ou hereditários (ou seja, é comum a presença dessa ou de outras psicopatologias na família do paciente como em pais ou irmãos). O TB pode ser classificado em tipo I ou tipo II, sendo o tipo I caracterizado pela presença de, pelo menos, um episódio maníaco, e o tipo II caracterizado por, pelo menos, um episódio maníaco e um episódio depressivo. O TB, quando em um estado menos grave, apresenta-se por sintomas relacionados à ciclotimia. 
A identificação dessa psicopatologia pode ser feita por psicólogo ou médico com protocolo padrão para esse transtorno, devendo o diagnóstico ser confirmado em avaliação psiquiátrica. O TB, assim como outras psicopatologias, não tem cura, mas pode ser controlado com atendimento psicológico e psiquiátrico, sendo que o tratamento medicamentoso pode incluir antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor e, em alguns casos, anticonvulsivantes e antipsicóticos de primeira ou segunda geração. Uma vez iniciado o tratamento terapêutico/farmacológico, o mesmo não pode deve interrompido pelo próprio paciente sem orientação devido ao risco de reaparecimento dos sintomas e risco de suicídio em alguns casos mais graves. Muitas pessoas com TB possuem problemas financeiros, sociais e familiares, e a identificação desse transtorno é mais frequente na idade adulta, apesar de também ocorrer em crianças e adolescentes. Além do tratamento psicológico individual, o acompanhamento terapêutico familiar e psicopedagógico (no caso de crianças e adolescentes) também é essencial para o sucesso do tratamento.



Lembre-se: a automedicação ou tratamento medicamentoso com parentes e amigos nunca deve ser feito, e os tratamentos alternativos não devem substituir o tratamento com psicólogo e com psiquiatra.

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