Como lidar com a depressão e o suicídio?
O mês
de setembro está chegando e, com ele, novamente o tema do suicídio, que faz
parte da campanha do Setembro Amarelo.
Os fatores que podem influenciar são a depressão (em todas as suas formas), transtorno de personalidade, alcoolismo ou abuso de substância em geral e a existência de alguma doença degenerativa.
Ao saber de uma pessoa que deseja se matar, busque ajuda de familiares, amigos, colegas, centros de crise ou profissionais de saúde como psicólogos e psiquiatras. Nenhuma atitude de crítica ou rejeição ajuda a pessoa com risco de suicídio, pelo contrário. Não ignore a situação, não minta que tudo vai ficar bem nem brigue com a pessoa.
O suicídio
é uma preocupação na saúde pública. De acordo com o site das Nações Unidas, essa
é a 2a causa de morte entre pessoas entre 15 e 35 anos, perdendo
somente para as mortes por acidente de trânsito. Infelizmente,
as informações divulgadas na mídia sobre esses casos (em geral com pessoas
famosas) muitas vezes são pobres, sensacionalistas e enviesadas. Os países também
têm dificuldade em impedir o acesso indiscriminado aos métodos mais
utilizados para consumar um suicídio.
Por
conta do estigma e da criminalização, além da dificuldade dos sistemas de saúde
de manter as estatísticas, as pessoas acabam mantendo em segredo seus pensamentos
suicidas e, quando ele de fato ocorre, as famílias procuram esconder. É complicado
explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em
situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios pode ser
prevenida. A tabela abaixo compara alguns dos principais mitos e fatos sobre a
questão do suicídio:
FICÇÃO
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FATO
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1. Pessoas que ficam ameaçando suicídio não se
matam.
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1. A maioria das pessoas que se matam deram avisos
de sua intenção.
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2. Quem quer se matar, se mata mesmo.
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2. A maioria dos que pensam em se matar, têm
sentimentos ambivalentes.
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3. Suicídios ocorrem sem avisos.
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3. Suicidas freqüentemente dão ampla indicação de
sua intenção.
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4. Melhora após a crise significa que o risco de
suicídio acabou.
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4. Muitos suicídios ocorrem num período de melhora,
quando a pessoa tem a energia e a vontade de transformar pensamentos
desesperados em ação auto-destrutiva.
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5. Os suicídios não podem ser prevenidos.
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5. Verdade, mas a maioria pode-se prevenir.
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6. Uma vez suicida, sempre suicida.
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6. Pensamentos suicidas podem retornar, mas eles não
são permanentes e em algumas pessoas eles podem nunca mais retornar.
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Os fatores que podem influenciar são a depressão (em todas as suas formas), transtorno de personalidade, alcoolismo ou abuso de substância em geral e a existência de alguma doença degenerativa.
A
depressão é o diagnóstico mais comum e, apesar de haver tratamento, existem
muitas razões para a falta de encaminhamento:
As pessoas que passam por acontecimentos tristes
ou estressantes como burnout, perdas ou problemas amorosos, financeiros,
familiares, mudanças politicas ou sociais (o que Durkheim chama, em seu livro
“O suicídio”, de anomia social), além das divulgações sensacionalistas de
mortes como algo glamoroso, tudo isso favorece para essas pessoas fiquem mais
predispostas ao suicídio.
Quando as pessoas
dizem “Eu estou cansado da vida” ou “Não há mais razão para eu viver”, elas
geralmente são duramente criticadas ou obrigadas a ouvir sobre outras pessoas
que estiveram em dificuldades piores.
Ao saber de uma pessoa que deseja se matar, busque ajuda de familiares, amigos, colegas, centros de crise ou profissionais de saúde como psicólogos e psiquiatras. Nenhuma atitude de crítica ou rejeição ajuda a pessoa com risco de suicídio, pelo contrário. Não ignore a situação, não minta que tudo vai ficar bem nem brigue com a pessoa.
Uma
atitude responsável é a melhor forma de ajudar alguém.
Atendimento online (e-CFP)
Raquel Berg - Psicóloga Clínica
Rua Guararapes, 1618 - Portão
41-99579-7879Rua Guararapes, 1618 - Portão
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